Doce pássaro que em minhas velhas raízes encontro.
Perdido e desolado lhe tomo em meu tronco
Como a mãe terra lhe tomaria no colo.
Frágeis asas, frágil seu canto;
doce pássaro que treme neste início de Outono.
Agora, aquecido, voe, passarinho!
Voe pra onde é verão!
Em meus galhos farei um ninho,
para quando voltar, então.
Pequeno passaro, passarinho,
quão doce é sua canção.
Volte para ensonar os estribilhos
às cordas tão nervosas deste descompassado coração.
Pequeno pássaro, passarinho,
de tão longe veio vindo,
e sem eu ter percebido,
fiz seu ninho em meu coração!