quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Meia-noite


E a mãe grita – Vá deitar, menino! Já é tarde! –
Nada é tão tarde quanto meia-noite.
A meia lua, no meio do céu, faz-me mergulhar
Em meio as minhas indagações.
Entro no desconhecido para salvar a alma dos mortos.
Mordo a maçã do pecado e eis que alcanço o que queria.
Descubro que a maçã é fruto da grande Árvore da Vida.
A víbora escamada é só lenda dos tempos da Carochinha.
A raiz, lá no fundo, por um monstro é roída.
Ragnarok irá chegar quando a raiz for partida.
Deve haver um meio de esquecer os infortúnios da vida.
Nada é tão tarde quanto meia-noite!
Meia-noite e um. Já é início de um novo dia.