quarta-feira, 7 de julho de 2010

DO AUTOR:


Aqui vai um conselho aos que me lêem: Não confiem em nada que eu diga ou fale. As palavras, embora extensões do meu ser-uno, são meras limitações do meu espírito. Escrevendo, me subordino a elas. Doces verbetes que oferecem a ilusão. A sensação de liberdade! Falsa liberdade! Palavras apenas rotulam e separam uma coisa de outra. Palavras desconhecem que a totalidade é indivisível! Quem nunca teve aquela sensação inexplicável, para além de qualquer verbo, de qualquer oração ou onomatopéia, e por querer transbordá-la ao mundo acaba por cair na subjetividade escrita?

Se quiserem algo para ler que realmente lhes toque com profundidade, leiam o meu silêncio. O silêncio do meu corpo. O silêncio da minha mente. Em silêncio experimento a liberdade e o desapego de todas as aflições. Todos podem lê-lo a qualquer momento! O meu silêncio é o seu silêncio e a minha paz é sua paz! O silêncio é o mesmo para todos. Sem discriminação. Quando quiserem ler-me, fiquem em silêncio e apenas respirem e por vezes, sorriam. Encontrarão-me no silêncio, dentro de vocês!

Se posso dar um conselho aos que me lêem: Duvidem de minhas palavras! Mas duvidar do meu silêncio é questionar suas próprias certezas.

Bom...Aconselho que também o façam!