segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pelo Vidro da Janela



Pelo vidro da janela
Posso ver a areia da praia.
Lá, ao longe, uma criança
Cata conchas
Enquanto seu pai trabalha.

As mãos sofridas que trabalham
Trazem comida para dentro de casa.
As mãos pequenas que catam conchas
Confortam e trazem a força
Para cada jornada.

A mãe, em casa, espera
Com a comida posta em tigelas.
O menino trará conchas,
E o pai trará areia para ela;
E juntos farão vidros
Como este da janela.

domingo, 9 de outubro de 2011

I Canto


Porque nunca pedi asas
A natureza arrancou-me as pernas.
Os meus sonhos: Nada.
O vazio que me resta.

Na terra, a realidade arraigada.

Porque nunca pedi pernas
A dor me deu asas.
O vazio: Resta.
Os meus sonhos que me nada.