domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pausa para o Café



Na água quente
O calor que precisa.
No pó da semente
O odor que anestesia.
No mexer da colher
O conflito que tardia.
No fundo da xícara
A secura do dia.
No fim do café
A amargura da vida.
No nó da garganta
A sede infinita.

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